O arrastão de Rafael em Timon não foi apenas uma demonstração de força, mas um verdadeiro terremoto político que abalou as estruturas do grupo Leitoa.
O ex-prefeito Luciano Leitoa, que há anos comanda a política local e agora vê seu legado emprestado à prefeita Dinair Veloso, deve estar se perguntando onde foi que deu errado. Talvez o erro tenha sido acreditar que a cidade continuaria em ritmo de "esquenta" enquanto Rafael, com um arrastão de mais de 40 mil pessoas, já acendeu o fogo da mudança.
Enquanto Rafael marchava com a multidão, o "Esquenta do 12" foi, no máximo, um evento morno, incapaz de atrair sequer a sombra do que se viu nas ruas.
O alerta foi tão alto e claro que a prefeita Dinair e sua turma correram para uma reunião de emergência. Talvez na pauta estivesse uma análise detalhada sobre como tanta gente pode ter escolhido o sábado para lavar a alma com Rafael em vez de manter a velha rotina.
Com mais de 40 mil pessoas se unindo por Rafael, o grupo de Dinair já não pode se esconder atrás de números maquiados ou do discurso de continuidade.
O povo mostrou que quer mais, e está disposto a marchar junto com quem promete essa mudança. Resta saber se o grupo Leitoa ainda tem fôlego para segurar as rédeas ou se o arrastão já levou a última esperança de um "esquenta" político que, na prática, parece já ter esfriado.
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